Córrego Lagoa pede socorro: lixo e poluição favorecem proliferação de pernilongos
Atendendo a reclamações de moradores sobre o grande número de pernilongos, a equipe de Controle de Endemias realizou, nesta semana, uma ação de vistoria nas proximidades do Córrego Lagoa. Pela manhã, os profissionais visitaram imóveis próximos ao curso d’água e, à tarde, percorreram uma extensão do córrego para avaliar as condições ambientais.
Os córregos urbanos, especialmente aqueles que contam com nascentes e cruzam áreas habitadas, são considerados de grande valor ambiental e social. Em equilíbrio, eles possuem capacidade de autorregulação e ajudam a manter a biodiversidade local. No entanto, a situação atual do Córrego Lagoa é preocupante: a grande quantidade de lixo acumulado impede o equilíbrio natural do ecossistema.
Durante o período de estiagem, a vazão da água diminui, formando pequenas poças. Nessas áreas, a equipe encontrou larvas de mosquitos, em sua maioria da espécie Culex, popularmente conhecida como pernilongo. Apesar de não serem transmissores da dengue, esses insetos representam um alerta importante: a poluição.
“Um ambiente equilibrado se autossustenta. Quando há desequilíbrio, a consequência é imediata para a população, como o aumento no número de mosquitos”, explicou a equipe responsável.
Para reduzir a infestação, foi aplicado larvicida em pontos estratégicos do córrego. Mesmo assim, os profissionais reforçam que a colaboração da população é essencial. “A população precisa fazer a sua parte, evitando o descarte irregular de resíduos. Só assim poderemos usufruir, de forma saudável, de nossas riquezas naturais”, destacou a coordenação do setor.