Enigma
Uma nave espacial riscou a noite estrelada, portando encomenda especial para o povo da Rocinha. O ETE desembarcou sorrateiro, misterioso e repleto de simbolismo. Em cada detalhe de seu corpo, uma mensagem. Ele não pode ser alienígena, já que traz, em si, as grandes tradições do seu destino, nas quais o povo se move, cultiva o espírito e muito se diverte.
Dentre os ícones notórios, o mais longevo promete se aprumar; o outro mantém sua fidelidade tradicional; o terceiro sempre estará a requer cuidados para sua face maltratada. No bojo de tal cenário, reside a provável liberdade do Tirisco preso na gaiola.
A busca pode começar no primeiro ícone, lado direito do pequeno reservatório inútil, abandonado. Na mesma sequência, um olhar entre a folhagem, sob o braço esquerdo da divindade. Daí, no cotovelo desse teatro, sob a pedra bruta, protegida pelo invólucro de alegria. Depois, esmiuçar o nicho entre o tronco e a prancha do estábulo ocioso. E, finalmente, para concluir a busca, revistar a forquilha vizinha ao aparador de lixo, atrás da baliza.