Caça ao Tirisco não teve ganhador neste ano
Pela primeira vez, nas três edições da Festa do Tirisco, ninguém encontrou a chave escondida que libertaria o Tirisco preso na gaiola. Abaixo, o Enigma decifrado pelo autor do mesmo, historiador Romeu Antunes:
Enigma decifrado
ETE não é o mesmo que ET. É uma sigla “misteriosa e repleta de simbolismo”: Estação (onde “o povo se move”), Templo (católico) (onde “cultiva o espírito) e Estádio (de futebol) onde “muito se diverte”. A Estação (ícone mais longevo) está em reforma (“promete se aprumar”), a igreja continua funcionando regularmente e o gramado do Estádio (“face maltratada”) é pisoteado quase que diariamente.
Tudo isso para dizer ao caçador que as chaves (falsas) estariam nas imediações desses ícones de Nhumirim (ex-Rocinha): “Lado direito do pequeno reservatório inútil” é referencia a um tanque de lavar roupas, nos fundos da Estação. “Folhagem sob o braço esquerdo da divindade” significa um vaso de antúrio sob a estátua do Cristo, em frente à igreja do bairro. “Estábulo” ocioso é um curral localizado atrás da mesma igreja, e a forquilha é de uma árvore que fica ao lado do aparador de lixeira, atrás da baliza do campo de futebol.
A cereja do bolo, onde estava a chave verdadeira, cita o “cotovelo desse teatro”, esquina das ruas Licínia Nogueira Magalhães e Dos Vilas Boas. Bastava entrar na área, reflorestada, que abrigava os trilhos do ramal ferroviário. No começo do sulco por onde a água escorre, sob uma “pedra bruta” que ali se encontra, era só afastar as folhas caídas das árvores e apanhar a latinha de cerveja Brahma, dentro da qual se escondia a única chave capaz de libertar o Tirisco da gaiola.