A exposição “Olhares e Cores”, com obras dos irmãos Romes e Mirdão, teve sua abertura oficial na quinta-feira (22), no Centro Cultural de Santa Rosa de Viterbo. O evento, que deu início ao Festival de Inverno da cidade, contou com a presença de artistas, vereadores e do prefeito Omar Nagib Moussa, além de admiradores das artes.
“Santa Rosa é um berço de artistas que precisam – e muito – ser valorizados”, disse o diretor José Paulo Orlando na abertura do evento, que foi coordenado também por Clélia Zanardo, chefe de Cultura e Turismo do município, e contou com apresentação musical de Raul Marostegan e Jefferson.
Romes Mesquita e Romildo Mesquita (Mirdão) falaram sobre o início de suas carreiras, a admiração pela arte e as inspirações para suas pinturas. Romes explicou que sua paixão vem desde criança e que usava o tempo livre para aprender a pintar: “Eu desenhava quando era criança, mas o que eu queria, mesmo, era aprender a pintar. Então, comecei a misturar as cores e as pinturas foram surgindo. Essa já é a minha terceira exposição”, disse.
O artista explicou que as histórias de vida de outras pessoas são inspirações para a sua arte, como a de uma bailarina que sofreu um acidente e perdeu uma perna e, mesmo assim, não desistiu da carreira ou de uma senhora com Alzheimer que vagava sozinha em uma praia deserta; entre tantos outros exemplos de superação, um espelho da própria vida. “Eu não tinha condições, tive uma infância muito difícil, mas, graças a Deus, hoje posso me dedicar a essa minha paixão”, afirmou.
Entre o trabalho como motorista na Usina da Pedra e o tempo com os pincéis, Romes reserva um tempo para inspirar as crianças do bairro onde mora a se aventurarem pela arte, usando sua criatividade com tinta e papel.
Foi assim também que nasceu o amor de Romildo Mesquita (Mirdão) pela pintura. Os irmãos frequentavam o projeto RECRIAR, oferecido no Bosque Municipal, na época do prefeito Nagib Moussa, pai do atual prefeito, onde tiveram a oportunidade de dar os primeiros passos na carreira.
“Gosto de pintar desde criança; a Tico me deu umas aulas e eu sempre gostei, ela sabe disso, é por amor à arte”, ressaltou.
A “Tico” é Maria de Fátima Rosa, monitora do projeto na época. A mentora explicou o sentimento de ver que seu trabalho deu certo: “A hora que eu vi que eram os dois meu coração se encheu de alegria. Poxa vida, é um fruto, não é, uma coisa que a gente plantou lá atrás”.
Assim como dizia Villa-Lobos: “Não é um público inculto que vai julgar as artes, são as artes que mostram a cultura de um povo”, o prefeito Omar Nagib Moussa encerrou a cerimônia de apresentação ressaltando a importância da cultura e da educação na sociedade: “Nossa gestão vai dar muita ênfase para a cultura e a educação. Nós acreditamos piamente que só assim se constrói uma base sólida para qualquer comunidade”.
O prefeito e o vice-prefeito, Marcos Sério, entregaram ainda o Prêmio Amigos da Cultura a Wilson Rocha, por sua dedicação e relevantes serviços prestados à cultura da cidade.